Uma central de compras coletivas está ajudando empresários mineiros do setor de autopeças a economizar. O projeto é uma parceria do Sebrae com a Rede Âncora, uma associação de comerciantes de autopeças que funciona como central de compras conjuntas.
“A gente conseguiu aumentar a participação do mercado, onde a gente conseguiu alcançar um volume maior de vendas que eu acho que fez uma boa diferença”, diz o empresário Cléber Coutinho, que tem uma loja de autopeças na capital mineira, onde comercializa itens para automóveis de linha leve há quase 30 anos.
Vinte lojas de Minas Gerais participam da ação.
“Começamos a trazer algumas soluções como consultorias, treinamentos, realizações de workshops, seminários trabalhando a parte da gestão de estoques, de definição de metas de vendas e a definição de indicadores para que esses empresários pudessem usar desses indicadores ferramentas de apoio para tomadas de decisões”, explica Anderson Freitas, do Sebrae de Belo Horizonte.
A Rede Âncora tem cerca de 800 lojas associadas em 16 estados. A grande quantidade de compras intermediada pela rede garante poder de negociação e redução dos custos dos produtos. Isso aumenta a rentabilidade das lojas de autopeças e ajuda o pequeno empresário a competir com as grandes revendedoras.
“É um conjunto de vantagens que o lojista tem, não só de preço, mas também o fato de conviver com outros lojistas. Ele tem sinergia do grupo, ele tem ajuda do tipo do Sebrae, que tem nos ajudado muito em várias consultorias”, diz Sebastião Bastos, diretor da Rede Âncora
O empresário Cleber Coutinho conseguiu reduzir os custos das peças em 20% e aumentou o faturamento em quase 150% desde o ingresso na Rede Âncora, há oito anos. Ele também participou de capacitações do Sebrae para melhorar a gestão do negócio e aumentar a lucratividade.
Existem mais de dois mil modelos e versões de veículos no Brasil, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes. É por isso que quem vende peças precisa ter foco. Exagerar na quantidade de produtos no estoque pode representar o congelamento do capital de giro e prejuízo se a peça ficar obsoleta.
Como programa, as perdas de Coutinho com peças que ficavam obsoletas também foram significativamente reduzidas.
Quase metade das empresas participantes conseguiu um aumento superior a 20% no faturamento no início deste ano, mesmo em um período de baixa no mercado varejista.
A empresa dos sócios Luiz da Silva e Antônio Domingos também cresceu após o projeto. As compras conjuntas ajudaram a loja a oferecer preços bem mais competitivos que os concorrentes. O negócio começou em 1990 com um investimento de R$ 40 mil. Hoje, são seis lojas na região. Só a matriz emprega 120 pessoas, incluindo 40 motoboys para entrega de produtos. A loja de Belo Horizonte chega a faturar R$ 1,2 milhão por mês.
“A gente está com esperança que vai continuar melhorando ainda e o nosso planejamento que a gente fez foi um crescimento de 12% e a gente pretende atingir esse crescimento”, diz o empresário Luiz da Silva.
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