Ela existe para converter a força
do motor em movimento para os veículos. A caixa de transmissão é um dos itens
mais importantes de um automóvel e – dependendo da aplicação – é bastante
valorizada pelos fabricantes. Geralmente, os tipos mais utilizados de transmissão
para automóveis são: mecânica e automática. Mas existem outros tipos, tais como
automatizada e automatizada de dupla embreagem, por exemplo.
Mecânica ou manual
A caixa de transmissão mecânica
ou manual, como geralmente é chamada, está presente na maioria dos automóveis,
especialmente no Brasil. Por ser mais simples e barata, ela é a opção de muitos
consumidores. Também é ainda um item desejado em carros esportivos, onde o condutor
pode explorar ao máximo a performance do veículo.
É a única que exige um pedal para
acionamento da embreagem. No entanto, existem versões equipadas com
dispositivos automáticos de embreagem, como o recente eClutch da Bosch, por
exemplo. Este tipo de transmissão pode ter até sete marchas em automóveis.
Automatizada, semiautomático ou
sequencial
Alguns carros possuem o sistema
automatizado ou semiautomático de troca de marchas, a fim de reduzir custos ou
porque o projeto não contempla um câmbio automático, mas também é utilizado em
carros esportivos.
Trata-se da mesma caixa mecânica
anterior, mas com dispositivo eletromecânico que aciona a embreagem e ainda faz
as trocas de modo automático. O tempo de resposta nas mudanças de marcha varia
de acordo com a tecnologia empregada. Em carros comuns é mais lenta que a de um
automático, mas em superesportivos, garante melhor performance.
Automático
Automático ou hidramático é o
tipo de transmissão que muitos consumidores escolhem por oferecer maior
conforto ao dirigir. O dispositivo utiliza conversor de torque para transferir
a força do motor para as rodas e um sistema (eletro)hidráulico aciona as
engrenagens planetárias, sempre conectadas entre si. Geralmente equipa carros
grandes.
CVT
Muito popular no Japão, onde é
praticamente um item obrigatório nos famosos kei car, a transmissão CVT é outro
tipo de caixa automática. Ela não utiliza engrenagens em um eixo como a
anterior, mas uma correia de aço e duas polias, que alteram seu diâmetro.
Assim, o dispositivo oferece uma variação contínua de velocidades, tornando
infinitas as marchas.
O rodar suave e a economia são os
pontos altos. O efeito linear de aceleração pode não ser aceito por muitos
condutores, por isso alguns fabricantes criam marchas “virtuais” até com
mudanças sequenciais para criar um efeito similar ao da transmissão automática
comum. Também é muito usada em híbridos.
Automatizada de dupla embreagem
É a sensação do momento em
automóveis. Essa caixa de transmissão é semelhante em aspecto ao câmbio manual,
mas possui dois eixos de engrenagens no lugar de um. Além disso, possui duas
embreagens (interna e externa), que permitem trocas de marchas quase sem perda
de giro do motor, tornando não só as mudanças mais suaves, mas ampliando o
desempenho do veículo.
Ela geralmente é mais rápida que
um câmbio manual. Totalmente controlada por computador, permite vários modos de
condução, assim como em outros câmbios com assistência eletrônica.
Existem outros projetos de
câmbios para automóveis, tal como um que contempla o uso de motor elétrico para
acionamento as marchas, bem como para tracionar, manter a velocidade, servir de
freio-motor e regenerador de energia. O dispositivo deverá ser usado em carros
híbridos. Enfim, esses são os tipos mais comuns de transmissão usados pelos
carros atualmente.