A ANRAP, Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças, intensificou a disseminação do conceito da remanufatura nas recentes edições do Workshop “Remanufaturados, A Vez do Brasil” promovido pela associação no SENAI-Ambiental, Rio de Janeiro e na Autopar, Pinhais/Curitiba. Um balanço dos últimos eventos apontou que os debates deram ênfase à diferenciação e vantagens dos produtos remanufaturados em relação às peças recondicionadas e reparadas para a aplicação automotiva.
O encontro da ANRAP no SENAI Ambiental-Tijuca, Rio de Janeiro fez parte da programação oferecida pela 80a Feira do Conhecimento, promovida (20/05) pelo Maxxi Training – distribuidor do conhecimento do Grupo DPaschoal. Já na Autopar (4 a 7/06) em Pinhas/Curitiba, a ANRAP realizou workshop e participou como expositor em parceria com o Sindirepa-Paraná.
“Reunimos em nossos encontros fabricantes, frotistas, aplicadores, mecânicos e representantes importantes do setor”, disse Jefferson Germano, presidente e membro da ANRAP e gerente de aftermarket da Knorr-Bremse para o Brasil e América Latina. “Ao falar diretamente com esse público, podemos identificar o nível de conhecimento atual do mercado sobre o processo de remanufatura de autopeças. É notável, a importância de intensificarmos a disseminação do conceito e vantagens do remanufaturado visando uma manutenção automotiva de qualidade e apoio à sustentabilidade global”.
Segundo Germano, por meio dos debates a ANRAP tem esclarecido como encontrar produtos remanufaturados, avaliar o casco das peças usadas, compartilhar técnicas de diferenciação diante das práticas de recondicionamento e reparação existentes, além de abordar leis do setor e questões de logística reversa. “O casco das peças usadas, ou seja, com vida útil já atendida, são a matéria-prima do processo de remanufatura. Devolvê-los para o fabricante original é essencial a fim de reinseri-lo no processo produtivo e contribuir para o descarte correto de itens desgastados sem prejudicar o meio-ambiente”.
Para a ANRAP, o usuário precisa estar ciente da peça que está utilizando na manutenção do seu veículo, não apenas para estender a durabilidade do produto mas, principalmente, para garantir a segurança de seus ocupantes. A associação ressalta que o processo de remanufatura do produto é realizado dentro das instalações do fabricante original. “Só o fabricante detém o conhecimento para reconstituir a peça dentro dos padrões tecnológicos de produção e deixá-la “nova de novo”, com garantia de originalidade, procedência e suporte técnico da fábrica”, completou Jefferson.
Já no processo de recondicionamento, a peça defeituosa não passa por uma avaliação criteriosa para identificar quais itens necessitam ser reparados. Com isso, apenas os componentes defeituosos são substituídos por outros de procedência duvidosa e, caso o defeito da peça ainda persista, não há um suporte técnico devido e confiável. O mesmo acontece no processo de reparação. Em ambos os casos, o produto é simplesmente consertado sem seguir quaisquer normas tecnológicas ou processos seguros de produção. Esta origem duvidosa reduz, consideravelmente, o tempo de uso do veículo e expõe os usuários a riscos de acidentes. Hoje, o interessado em devolver o casco da peça usada ao fabricante original pode contatá-lo por meio do site da associação, em www.anrap.org.br.
Durante a Autopar, Pinhas/ curitiba, a ANRAP recebeu do Sindirepa-Paraná uma premiação como reconhecimento às boas práticas da associação no setor, em particular aos mecânicos. “Acreditamos na estrutura operacional e nos benefícios gerados ao nosso mercado através dos trabalhos da ANRAP realizados ao longo dos últimos anos. A transparência nas ações da associação traduz a integração de seus dez fabricantes associados, reunidos com objetivos comuns: aperfeiçoar a qualificação da reparação automotiva e disseminar o conceito da remanufatura de autopeças no nosso país”, destacou Wilson Bill, presidente do Sindirepa-Paraná.
Fonte: Segs